terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Começando a colheita dos frutos...

Quanto tempo sem postar!

Pois é, agora motivos é oq não faltam. Estou começando a me sentir uma pessoa normal. Tenho CASA e CARRO. hehehe
Então, eu nunca havia vivido sem este "universo" ao meu redor. Agora estou numa casa supimpa, onde eu e Ly dividiremos c Robinson e Débora. São três quartos, c uma senhora vista do lago... A casa já veio mobiliada, mas sempre falta alguma coisinha pra vc comprar, coisas de extrema necessidade, como por exemplo uma churrasqueira que compramos hj =D.

 


Tão vendo q essa vista é de um lugar alto... já viu subir essa ladeira a pé. E o transporte (quase)público q deixa vc no começo da ladeira e a passagem custa "meros" $5. Daí fio, carro passou a ser necessidade. 
Comprei então um Honda Accord 1992 pela bagatela de $1100! hehehe. Sempre sonhei em ter um Honda, e peguei logo um "entrada de luxo". Apesar de ser véio, o sistema aqui faz c q os carros se mantenham por muito tempo. Para carros de mais de 10 anos (o meu já é quase de maior...) a cada 6 meses tem q passar por um exame chamado WOF, onde uma oficina credenciada diz se precisa trocar algo no carro, principalmente quesitos de segurança. Daí neguinho, ou ajeita ou não anda, até pq a data do vencimento tem q ficar fixada no pára-brisa. Dei sorte de pegar um carro tb recém "wofeado". Outra coisa q ajuda é q aqui n tem buraco nas ruas, a suspensão dura muito mais. Então, o carrinho (q é carrão, grandão) tem vidros e teto elétricos, ar-condicionado e aquecedor, câmbio automático, trio elétrico... confortável todo. Não vou negar q me senti orgulhoso dessa máquina, mesmo sendo mixuruca pros padrões daqui, mas é o primeiro carrinho, escolhido a dedo, a gente nunca eskece.

Quanto ao trabalho, tudo muita novidade. Boa parte do q estou vendo havia visto apenas na teoria, ensinando no SENAC. No começo senti muita dificuldade na língua. Vinha de 2 semanas falando muito portugues enqt esperava o visto, cheguei e estava perdido. Percebi q sempre q havia precisado falar em inglês aqui, eu apontava o caminho, tipo se vc vai comprar uma mochila, seu cérebro tipo q já separa as palavras q ele espera ouvir. Mas qd vc tá na recepa, liga alguém ou vai algum hóspede, e ELES é quem começam a conversa... porra, deu um arrependimento de n ter entrado como porteiro, trabalho mais simples, não precisa falar tanto e ainda dá mais dinheiro (porteiro aqui é mensageiro e auxiliar de concierge ao mesmo tempo, ganha TIPS). Deu um começo de desespero propriamente dito. Mas agora, 3 semanas depois, já estou dono do meu turno, fato q me deixa muito orgulhoso. Na minha última experiência no Brasil isso aconteceu em 3 dias.... hehehhe, mas é td novo, trabalhar em outra língua, mudam todas as palavras (oq "city ledger" tem haver c faturar? nem eles sabem), processos diferentes, padrão 5 estrelas DE VERDADE. Ao q td indica, estão gostando muito do meu trabalho, principalmente da disposição para ajudar tudo e todos. Sempre fui assim e percebo q isso n existe muito poraqui, então vou ganhando meu espaço. Na verdade penso tb em conseguir um segundo trampo de part-time na área de informática, q dizem q paga melhor p complementar. Tem q aproveitar enqt ta novo hehehe.
O hotel onde estou trabalhando passou pela inspeção da Accor Hotels da Ásia-Pacífico (www.sofitelqueenstown.com). Eles checam td q podem no hotel, para sugerir melhorias. Todos estavam a postos, tensão à flor da pele e, no final... tcharan! Pela primeira vez na carreira da inspetora n foi necessário fazer qualquer sugestão, apenas elogios, ou seja, Hotel modelo. Dá ou n dá orgulho de fazer parte dessa equipe? A recém-inaugurada staff room (refeitório) ao estilo dos cafés franceses, todo chique, c cafeteira grandona e moderna, mesas e cadeiras confortáveis, computador ps funcionários... pena q só temos 30min de intervalo!

Essa semana q entrará agora tem td para ser a primeira semana q irei conseguir me sustentar completamente na minha vida. Putz, q alívio! 4 anos ouvindo reclamações, dúvidas na cabeça, fantasma eterno dos concursos atentando, pedidos p q desistisse da carreira devido ao salário mixuruca estão começando a dar frutos. Entendo q td q ouvi era para o meu próprio bem, até pq reconheci q aí (no Brasil) n havia como ir adiante. 

Estou muito, mas muito feliz, ainda mais c a chegada de Ly agora nesse domingo, pra cuidar de mim. Ter uma casa e um carrinho, um emprego razoável (hotelaria paga pouco em qq lugar do mundo) mas que me faz feliz e c a conta verde no fim da semana valeu cada centavo e suor investido nesses anos.

Nesse momento só posso agradecer a todos q sempre me apoiaram profissionalmente e pessoalmente, especialmente meus amigos (Tapioca, Pipo, Diego, Manu, Márcio e cia.), meus sogros, que sempre fizeram questão de mostrar crédito no meu potencial, minha esposa Lilly, meu maior suporte para essa empreitada, e meus pais, q mesmo contra suas convicções (sonhos e corugismos), q respeito totalmente, ajudaram a mandar o filho pro outro lado do mundo prá felicidade dele e distância deles. Prometo honrar cada gota de suor dos domingos-a-domingos, das 7h-22h de trabalho em função dos filhos, qd já deveriam estar curtindo a aposentadoria. Obrigado por tudo, de coração. Amo muito vocês.

É isso, postagem de fortes emoções, estamos chegando as 1:30 da manhã em Queenstown. Agora c internet em casa, espero q as coisas mudem no tocante à comunicação e atualizações. Tenho mais fotos legais para postar e dicas sobre empregos para aqueles que pensarem em se aventurar por essas bandas. 

Enquanto isso na Nova Zelândia, segue a vida, e um longo caminho ainda a percorrer.


Abraços!


Renaldo

2 comentários:

Patrick Lima disse...

Acelera, Ayrton!

Política com Direito disse...

Valeu pela menção honrosa no comentário. Se não me engano, fizesse o CTRL C, CTRL V no agradecimento da tua monografia, num foi? hehehehehehhehe.
Valeu Batatóide e muita sorte na empreitada.
Cadê Pipo? Já deu as caras via fone?

Um abraço.